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Em 1915 Flexner reconheceu seis
traços profissionais comuns a todas as profissões:
·
As profissões lidam com operações intelectuais
associadas a uma elevada responsabilidade individual:
·
Os seus materiais de base são retirados da
ciência e de um saber teórico;
·
A sua
aplicabilidade terá uma finalidade socialmente útil e com elevado carácter
pragmático;
·
As profissões são transmitidas e desenvolvidas
num contexto de um ensino formalizado;
·
As profissões tendem a auto-organizar-se em
associações;
·
Os fins das profissões e dos respectivos
elementos devem ter um caracter altruísta com responsabilidade moral.
Segundo estes critérios só o
Direito e Medicina eram considerados profissões.
A constituição das profissões
segundo Dubar (2000) e Rodrigues (2002) decorreria de:
·
A especialização de serviços de forma a
satisfazer uma determinada clientela;
·
A criação de associações profissionais que
controlam as regras de conduta profissional (códigos éticos e deontológicos);
·
A existência de uma formação específica fundada
num corpo organizado de teorias, permitindo a aquisição de uma cultura
profissional.
Já Wilenski
(1964) apresentou os seguintes critérios:
·
A passagem de actividade amadora a ocupação a
tempo inteiro;
·
Estabelecimento de controlo sob a formação;
·
Criação de associações profissionais;
·
Protecção legal;
·
Existência de códigos de ética.